terça-feira, 3 de julho de 2012

Os vilões que estão atacando os professores!!!


Estresse: como lidar com o problema que mais afasta professores da sala de aula.

Apenas no estado de São Paulo, 30 mil professores faltam todos os dias em decorrência do estresse. Saiba o que fazer para tratar este problema e ter uma vida profissional mais saudável.

Camila Camilo 

A maioria dos professores que atua na Educação Básica tem uma reclamação em comum: sofre de estresse ou conhece quem já passou por isso. Em geral, as causas apontadas são a frustração diante da precariedade dos recursos para o trabalho; a pouca autonomia para ministrar os conteúdos em sala; a violência escolar; a indisciplina dos alunos; a falta de apoio da gestão e da família dos estudantes; e a pouca formação – que faz falta em momentos decisivos no dia a dia em sala, quando o professor fica sem saber como agir.

 Estatísticas de afastamento por estresse são alarmantes. Para se ter ideia, todos os dias no estado de São Paulo – que tem a maior rede de ensino público do país, com cerca de 250 mil professores – 30 mil professores faltam sob a justificativa de distúrbios psíquicos relacionados ao trabalho. Um levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Espírito Santo indicou que 50% dos afastamentos da rede municipal da capital Vitória tinham esta mesma causa. E em 2007, NOVA ESCOLA e Ibope fizeram uma pesquisa com 500 professores de redes públicas das capitais e os números foram semelhantes: mais da metade dos entrevistados se queixava de estresse.

Luísa* dá aulas há doze anos e já atuou na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Em 2010 ficou onze meses sem trabalhar devido a um diagnóstico de depressão causada por estresse. Os sintomas apareceram aos poucos e ela acredita que começaram quando ela acumulava turnos em mais de uma escola. Nas duas instituições encontrava dificuldades – classes com mais de 40 alunos sem auxiliar, falta de acompanhamento da coordenação pedagógica e condições inadequadas para trabalhar com alunos com necessidades educacionais especiais. Para buscar tratamento, recorreu a um médico particular, pois a rede não oferecia atendimento para seu caso, apesar da recorrência do afastamento docente ligada a problemas de saúde mental e ao estrese.

Para José Manuel Esteves Zaragoza, da Universidade de Málaga, na Espanha, o afastamento do trabalho é o primeiro mecanismo de defesa encontrado pelo professor para aliviar a tensão causada pelo exercício da profissão. Deixar a escola, ainda que temporariamente, seria a tentativa mais imediata para eliminar as situações que geram nervosismo e prejudicam sua saúde. E vale lembrar: o estresse não afeta apenas os professores brasileiros. Estudos internacionais indicam que docentes dos Estados Unidos, Espanha, Portugal, Austrália e outros países também apontam o cansaço mental como consequência das dificuldades do dia a dia da profissão.
A seguir, confira alguns caminhos possíveis para moderar o estresse no trabalho:

1. Contar com o apoio dos gestores: quando diretor e coordenadores pedagógicos assumem, de fato, a liderança da equipe e passam a acompanhar mais de perto o trabalho do professor, atendendo as questões que o afligem, a qualidade do ambiente escolar melhora. E a saúde de todos, também tende a melhorar. O primeiro passo para lidar com o problema é estabelecer espaços de diálogo com a equipe: “Falta um lugar físico e simbólico de troca nas escolas, para que o professor compartilhe o que sente com os colegas e onde possam surgir novas ideias e iniciativas para solucionar as questões que causam estresse e pioram a qualidade do ambiente escolar”, explica Rosana Márcia Rolando, da Universidade de Brasília.

2. Preparar-se para lidar com a indisciplina dos alunos: a falta de preparo para tratar das situações de indisciplina, violência e problemas de relacionamento que aparecem no dia a dia – uma das causas do estresse entre os professores – começa ainda na graduação. Rosana destaca que o relacionamento entre professores e alunos e os efeitos desta relação são pouco discutidos na formação inicial dos docentes. “Existe uma lacuna no currículo das faculdades e o estudante de Pedagogia ou de licenciatura não é preparado para lidar com situações reais de indisciplina. Quando ele se depara com os problemas do dia a dia não sabe o que fazer”.

3. Conversar sobre o problema com a turma: realizar assembleias aproxima o professor dos alunos e faz com que todos se responsabilizem pela qualidade dos relacionamentos, à medida que as soluções para os problemas podem ser encontradas coletivamente. Para Mariana Wrege, coordenadora da pós-graduação em relações interpessoais da Universidade de Franca, o professor não precisa ser o foco de todo o conteúdo, mas deve abrir espaço para que os estudantes tragam informações sobre o tema estudado. Os alunos precisam reconhecer que são corresponsáveis pela própria aprendizagem.

4. Repensar o planejamento das aulas: o alívio do estresse também depende da sua atuação, professor. Muitos docentes têm uma resistência em mudar a maneira de ensinar e em buscar alternativas para enfrentar melhor as reais causas do estresse. Além de repensar a forma como dá aulas, em busca de um ambiente mais democrático e cooperativo, e confiar mais na participação dos alunos, a formação contínua é um motor para mudanças positivas que beneficiam a aprendizagem e valorizam o trabalho do docente. Quanto mais o professor conhece e aprende, mais aplica o que sabe e aprimora sua prática. Vale também evitar o excesso de aulas expositivas, quando o tempo e a atenção voltados exclusivamente ao professor são grandes.

5. Investigar os recursos disponíveis na Secretaria de Educação: as secretarias municipais e estaduais costumam desenvolver ações pontuais de orientação para os professores que enfrentam o estresse, mas elas ainda estão longe do ideal. Vale verificar, junto à gestão da sua escola ou à secretaria que tipo de apoio é oferecido para o enfrentamento de problemas de saúde decorrentes das más condições de trabalho.

Revista escola.




Revista Escola: A interação entre o educador e a criança pequena.

O professor tem um papel fundamental no desenvolvimento da oralidade dos pequenos. Maria Slemenson, formadora de professores do Instituto Natura, explica qual é essa importância, aponta as formas mais adequadas de dialogar com as crianças e mostra caminhos para ampliar o vocabulário delas. 

Assistam os vídeos a seguir.

As formas de estimular a oralidade

A conversa com bebês e crianças pequenas

O educador e o desenvolvimento da oralidade

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sugestões para 1º dia de aula

Volta às aulas: como organizar a recepção dos alunos

Para integrar os alunos novos e receber bem os antigos, é preciso planejamento e cuidado.

Camila Camilo (novaescola@atleitor.com.br). Editado por Elisa Meirelles



Mais profissionais e atenção a quem chora
Nas turmas com crianças menores e bebês, é comum que muitos chorem e precisem de mais atenção no período de adaptação. Nos primeiros dias, é importante ter disponível um número maior de profissionais por turma, capazes de acolher e atender melhor a todos. Se só um dos pequenos ainda não se adaptou e continua chorando, o professor não deve isolá-lo, temendo que os outros chorem também. Deixe-o juntamente com as demais crianças que já estejam adaptadas. Assim, ele pode interagir com os colegas com a sua mediação.

Diversão e sensações
Para os pequenos, é importante que a escola se apresente como um ambiente agradável. proponha atividades com coisas que divirtam as crianças, como água, farinha ou tinta. conforme a idade, faça comidinhas fáceis e gostosas com elas - brigadeiro, por exemplo. durante a atividade, você pode se aproximar da turma, brincar e começar a estabelecer vínculos.
Espaço para os pais
Reserve um lugar com revistas e jornais para que os pais fiquem durante o período em que as crianças estão em classe. Aproveite os primeiros dias para conversar com eles sobre como será o ano. Destaque também a importância de as famílias contarem à escola o que ocorre em casa.

Revista Nova escola

Sejam bem - vindos!!!

Que nossos alunos sejam bem - vindos !!!

Dicas para iniciar o ano letivo de 2012



Volta às aulas: como organizar a recepção dos alunos

Para integrar os alunos novos e receber bem os antigos, é preciso planejamento e cuidado.

Camila Camilo (novaescola@atleitor.com.br). Editado por Elisa Meirelles


O ano letivo começa e muita coisa muda na escola. Alunos novos chegam e os que já estudavam na unidade no ano anterior são reorganizados em outras turmas, com colegas e professores diferentes. Planejar a volta às aulas é fundamental. É preciso integrar os novatos, acolher quem retorna e garantir o melhor ambiente para que todos convivam. "É importante que os estudantes notem que houve preparo para o momento de recebê-los", defende Jussara Tortella, professora do programa de pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

O fundamental nos primeiros dias é criar um ambiente de acolhida, em que cada um se sinta pertencente ao espaço escolar. Esse ambiente aparece em decisões planejadas - como a exposição de mensagens de boas-vindas nas paredes, a apresentação da escola aos novatos, as dinâmicas que o docente faz em classe para conhecer a turma etc.

"A volta às aulas deve ser preparada de acordo com o segmento em que estão os alunos", explica Célia Cassiano, diretora da EMEF Jardim Monte Belo, em São Paulo. Todo ano, ela define atividades diferenciadas para receber as crianças que chegam para cursar o Ensino Fundamental no período diurno e os mais velhos, que vão estudar à noite na Educação de Jovens e Adultos (EJA). O mesmo ocorre com escolas de Educação Infantil. Os cuidados próprios à faixa etária não podem ser esquecidos. Com os pequenos, a adaptação deve ser bem planejada para que a escola não seja vista como um ambiente hostil.

Confira nesta página e nas próximas dicas para organizar a chegada dos alunos e preparar as atividades que serão realizadas com as diferentes turmas.

Recepção das famílias
No horário de entrada, é importante que o diretor e o coordenador estejam no pátio para tirar dúvidas dos pais e ajudar os alunos, principalmente os novatos. atitudes como essa demonstram que os gestores estão abertos a questionamentos e interessados em acolher todos os estudantes desde o início do ano letivo.

Apresentação da escola
Para que os novatos conheçam o lugar em que vão estudar, é importante organizar uma equipe para recepcioná-los, mostrar as dependências da instituição e apresentar os funcionários. Uma sugestão é propor que os estudantes mais antigos fiquem responsáveis por essa visita guiada. assim, os novos já começam a conhecer a turma.

Integração dos alunos
Estimule os novos estudantes a participar de grupos mistos, formados por alunos de diferentes anos. Essas equipes podem ser organizadas pelos próprios estudantes, de acordo com as áreas de interesse deles. Grupos de jardinagem, teatro e esportes são algumas opções.

Cuidado com os novatos
Quando ainda não conhecem os colegas, crianças e jovens que acabaram de chegar tendem a ficar mais retraídos. para evitar esse isolamento, é importante que a escola planeje atividades para momentos como o intervalo. nos primeiros dias, é bom também pedir que os educadores prestem atenção extra nos novatos para que não fiquem sozinhos.

Revista escola